Siga Nossas Redes Sociais

De Olho nas Olimpíadas

Mirando o alvo mais cobiçado nos Jogos Rio 2016: o ouro olímpico

Escrito em

Quem nunca ouviu falar em Hobin Hood? Personagem da literatura mundial, esse herói mítico inglês vivia na floresta e tinha uma incrível habilidade com o arco e flecha. Era um fora-da-lei que roubava da nobreza para dar aos pobres. Bem, estórias, à parte, o arco e flecha, oficialmente conhecido como tiro com arco, estreou nas olimpíadas em Paris (1900). Inicialmente utilizado para a caça de animais e mais tarde como arma de guerra e prática esportiva, a modalidade é praticada há mais de 3 mil anos. Devido à falta de um organismo internacional que organizasse o esporte, o tiro com arco ficou ausente das competições por mais de cinquenta anos, retornando em 1972, nos Jogos de Munique, Alemanha.

A Federação Internacional de Tiro com arco foi criada na França em 1932, mas apenas quatro décadas depois é que as novas regras modernizaram o esporte. As mulheres participam da modalidade desde 1904. As competições no Rio serão disputadas em provas masculina e feminina, individuais e por equipes.

Foto: worldarchery.org

Foto: worldarchery.org

Regras
Os campos são divididos em pistas com 30 m de largura, no final das quais se encontram os alvos. As distâncias em relação ao alvo eram diferentes para a categorias femininas e masculinas, no entanto, desde os Jogos de Barcelona (1992) que adota-se a distância única de 70m.

A competição tem 2 rounds, cada um com 72 flechas. São 6 flechas por série e ao final é feita a somatória e a classificação. Após essa fase, os atletas farão os combates, ou seja, o atleta com maior pontuação disputa com o de menor pontuação e assim sucessivamente até chegar nas finais. Daí para frente serão 5 sets e cada atleta tem direito a 3 flechas no tempo de dois minutos. Cada set vale 2 pontos e o atleta que fizer 6 pontos primeiro, passa a frente. No momento do combate, havendo empate de 5 a 5, cada atleta tem direito a uma única flecha e o atleta que acertar mais próximo do alvo será o campeão. Uma bandeirola entre 25 e 30 cm de tamanho é colocada a 40 cm de cada alvo, indicando a direção do vento.

Equipamentos de segurança são obrigatórios como o protetor de peito e de braço e a dedeira (protetor de dedos). O arco utilizado é o recurvo formado por lâminas, corda e punho e as flechas são de carbono com a ponta em aço ou tungstênio, as penas são de material plástico.

Memória olímpica
– O belga Hubert van Innis é o arqueiro com maior número de medalhas na história dos Jogos Olímpicos, com 6 medalhas de ouro e três de prata nos Jogos de 1900 e 1920.
– A melhor colocação brasileira foi obtida justamente na estreia, em Moscou. Arci Kempner conseguiu o 26º lugar na disputa feminina.
– A Coréia do Sul é a campeã disparada na modalidade com 34 medalhas no total: 19 de ouro, nove de prata e seis de bronze.

Esporte paralímpico
O tiro com arco é também um esporte paraolímpico. Uma das modalidades mais tradicionais dos Jogos Paraolímpicos, o tiro com arco está presente desde os Jogos de Roma (1960) e desde o início disputadas por homens e mulheres.

Os atletas do tiro com arco são divididos em três categorias de acordo com suas deficiências: ARST, ARW1 e ARW2. A ARST engloba aqueles que não possuem deficiência nos braços, mas possuem grau de perda de força muscular nas pernas, de coordenação ou mobilidade articular.

Na ARST, o atleta pode atirar sentado em uma cadeira normal, com os pés no chão, ou em pé. A ARW1 é para atletas com deficiência nos braços e nas pernas, com alcance limitado de movimentos, de força, de controle dos braços e pouco ou nenhum controle do tronco. Já a ARW2 é para aqueles que possuem paraplegia e mobilidade articular limitada nos membros inferiores e que precisam da cadeira de rodas para uso diário.

Momento inesquecível
O momento mais esperado e guardado à sete chaves durante a cerimônia de abertura de Jogos Olímpicos, é quando a pira olímpica é acesa. Em Barcelona (1992), a cerimônia de abertura ficou marcada graças a um atleta paraolímpico do tiro com arco. Coube ao espanhol Antonio Rebollo a responsabilidade de disparar a flecha em chamas que acendeu a pira olímpica, protagonizando uma das imagens mais impactantes da história dos Jogos Olímpicos modernos.

Promessa brasileira
Nossa promessa no tiro com arco chama-se Vinícius D´Almeida, tem só dezoito anos e já chega à seleção brasileira como uma das grandes estrelas com possibilidade de subir ao pódio. O número 17 do ranking mundial não se intimida com a pressão. Certamente todos os brasileiros ficarão atentos e torcendo para que nossas promessas atinjam o tiro certeiro no alvo. Preparar, apontar e Ouro!!

Clique para deixar seu comentário

Faça seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

P