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Basquete

“Se a gente classificar, eles podem ganhar um prêmio de campeão do mundo”, desabafa técnico do Universo/Brasília

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Não é novidade para ninguém que a equipe do Universo/Brasília vem passando por inúmeras dificuldades dentro de quadra. No NBB, até agora, são apenas seis vitórias em dezenove jogos, sendo três derrotas seguidas jogando em casa. As lesões, os problemas e a baixa rotatividade do time em quadra são os principais problemas da equipe que amarga a 13ª colocação, uma abaixo da classificação para os playoffs, além de um dos piores saldos da competição.

Já noticiamos aqui na Esportes Brasília, em diversas oportunidades, dificuldades que o Universo/Brasília enfrenta dentro de quadra. Inúmeros erros de arremesso, inúmeros erros defensivos que, juntos, resultam em derrotas doídas.

Até quando vence – como foi contra o lanterna da competição, o Pato Basquete, ou frente ao São José, penúltimo -, a equipe é obrigada a passar por cima de diversas pedras para se chegar à vitória. Justiça seja feita: a equipe se superou e apresentou um bom basquete na vitória sobre o Corinthians, no último mês do ano passado.

Em todas as derrotas, as justificativas do técnico Ricardo Oliveira são as mesmas. “Está faltando material humano, está faltando jogador, nossa rotação é muito precária”. É verdade que o time comandado por ele sofreu com lesões. Primeiro foi Marcelão. Depois, Pedro Mendonça e, por fim, Gui Santos. Três atletas que, em um esporte de corrido com o basquete, fazem muita diferença.

Gui Santos acabou deixando a quadra após sofrer uma lesão no jogo diante do Rio Claro. Jogador só volta às quadras em 2021 – Foto: Marcos Santos/Divulgação

Mas, corrobora com isso, também, a pouca utilização de outros que estão disponíveis. É o caso de Gabriel e de Veloso. Este último, inclusive, entrou em quadra durante três míseros segundos, enquanto o primeiro participa muito pouco da rotação da equipe e joga poucos minutos. Com dez jogadores no banco, apenas oito rodam com frequência e tem a oportunidade de disputar uma partida.

Mas esse não é o grande motivo para as derrotas. A equipe vem passando por dificuldades financeiras. E é isso que mais vem afetando a equipe do Brasília. “Eu falo que esse grupo é resiliente. Você trabalhar com problema financeiro, trabalhar com lesões, como que vai motivar os atletas? Você trabalha o mês inteiro e não tem nada lá na sua conta? Esse é o problema”, desabafou o técnico do Universo/Brasília.

E é daí que vem o nosso título desta matéria. A luta da equipe, segundo Ricardo Oliveira, é passar à próxima fase, mesmo com todas as dificuldades. “Se a gente se classificar, eu falei para os meninos que eles podem ganhar um prêmio de campeão do mundo. Todo mundo ainda está ai por causa dessa galera que vem aqui (torcida), então eu fico contente com a maneira que eles estão tentando.”, disse, em entrevista exclusiva à Esportes Brasília. Sem o aporte financeiro adequado, ele apenas lamenta não conseguir ter em seu elenco atletas americanos, como a maioria dos times.

Ricardo Oliveira fala sobre a situação atual do Universo/Brasília: “Todo jogo para a gente é muito difícil, seja qual for o adversário porque eles estão com elencos completos e a minha rotação é muito complicada” – Foto: Felipe Mendes/Universo Brasília

Dia-a-dia

Com tantos problemas, a condição de treino também acaba sendo restrita. Tanto o caso dos atletas que estão machucados, quanto as dificuldades financeiras, impedem que o time se prepare de maneira adequada para as partidas. Questionado pela reportagem da Esportes Brasília, Ricardo Oliveira confirmou que o time terá mais dois atletas. Porém, como ele mesmo falou, “esses meninos não vão fazer diferença nenhuma aqui, vão apenas ajudar a gente a treinar”.

Sem entrar em quadra oficialmente, os atletas vêm só para ajudar na preparação diária da equipe, que também se mostra outra ponta de uma estrela de adversidades. “Nós estamos treinando com nove atletas. A gente está treinando Street Ball, três contra três. Com nove, não dá. Você tem jogadores experientes, jogadores intermediários e jogadores lesionados, a gente não treina 5 contra 5 tem um tempão”, completou.

Mesmo com problemas internos, a equipe segue tentando uma vaga nos playoffs e mantendo o sonho de chegar longe na competição. O próximo jogo do Universo/Brasília é nesta sexta-feira (07), fora de casa contra o Botafogo, às 19h.

Para este embate, o comandante tenta dar o caminho das pedras. “Todo jogo para a gente é muito difícil, seja qual for o adversário porque eles estão com elencos completos e a minha rotação é muito complicada. A gente espera neutralizar algumas armas que eles têm e tentar ganhar para tentar subir”, analisou.

Gabriel Lima é jornalista e editor executivo da Esportes Brasília. Já cobriu uma Copa do Mundo da FIFA (2019).

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