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Basquete

Lesão, goteiras e derrota: Uma segunda-feira para riscar da agenda do Universo/Brasília

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Os 571 torcedores que compareceram ao Ginásio da Asceb na noite desta segunda, com certeza não estariam lá se soubessem do duro roteiro que os esperava. Além da derrota de 92×87 para o Rio Claro, os brasilienses presenciaram muitos erros do Brasília, uma grave lesão que, praticamente, tira ala/armador Gui Santos do restante da temporada.

O Brasília começou o jogo a mil. O veterano Arthur, grande destaque da equipe nos últimos jogos, aproveitou a saída de bola e colocou o Brasília a frente no placar com cinco segundos de jogo. Parecia que tudo ia caminhar bem para os donos da casa. Apenas parecia.

Passados 1:19 no relógio, veio a grave lesão de Gui Santos. Após uma disputa de bola no garrafão ofensivo, o Ala levou a pior na dividida. O joelho do camisa 3 aparentava estar fora do lugar. O semblante de todos os jogadores, além de todos aqueles que se aproximavam do atleta, era de dor. Ele, inclusive, levantou com ajuda, saiu com a articulação imobilizada e foi direto para uma clínica realizar exames de imagem, que constataram uma lesão no tendão patelar, com suspeita de rompimento. O boletim médico será divulgado nesta terça-feira.

Passado o susto, o Brasília suou muito para sair com um ponto a frente no placar no quarto. Com Ruiz brilhando pelo lado do Rio Claro e um quinteto bem participativo do lado do Brasília, o primeiro período acabou em 22×21 para os brasilienses.

No segundo, não só Ruiz brilhou, como Sadhi e Pastor começaram a aparecer. Guarde muito bem o nome do primeiro, é dele que reclamar no final da matéria. Os três carregaram a equipe do paulista nas costas e, com 25 pontos, venceram o jogo para o Rio Claro – você vai entender esse motivo mais para o final – e colocaram a vantagem em sete, 48×41.

Ai veio o intervalo. Vendo o seu time errar muito, principalmente defensivamente, Ricardo Oliveira apelou para o seu time. “Eu pedi para eles diminuírem a quantidade de erros. Quem erra muito, dá muitas oportunidades para o time adversário”. O Brasília ouviu e foi buscar o empate. Novamente Arthur, e agora Ronald, foram os cestinhas pelo lado do Brasília e ajudaram a diminuir a desvantagem para cinco pontos.

Foi aí que veio uma forte chuva nos arredores do Ginásio da Asceb. Algumas goteiras também presenciavam a derrota do Brasília. Os donos da casa estavam três pontos atrás. Sahdi, ele mesmo, já havia marcado oito pontos para o Rio Claro, enquanto o Brasília revezava seus pontos em Rafa Moreira, Nezinho e Ronald.

Foi aí que uma daquelas goteiras resolveu parar o jogo. Próximo ao grande círculo central, caía água e a partida teve de ser paralisada. Enquanto uma pessoa enxugava, Pedrinho Rava correu até seu banco de reservas, pegou uma toalha e foi ajudar a secar o piso. Afinal, ainda faltavam três pontos para o Brasília empatar o jogo.

E o que vimos depois dali foi um time tentando muito o empate, mas errando bastante, e um certo estadunidense. Ele, simplesmente, resolveu colocar o jogo no bolso e guardar para ele. Baxley anotou quinze, QUINZE, pontos no último quarto e garantiu a vitória do Rio Claro, que continuou na décima colocação.

Já o Brasília, caiu para a 13ª colocação e agora fica fora da zona de classificação dos para os playoffs.

O próximo jogo do Universo será na próxima sexta-feira, às 21h10, aqui mesmo no Ginásio da Asceb, contra o Flamengo, líder do NBB. Mesmo sendo mando de quadra do time carioca, o Urubu é obrigado a mandar jogos aqui por conta da parceria com o BRB.

O Rio Claro volta a São Paulo e recebe o São José, 15º na tabela do Novo Basquete Brasil, no mesmo dia, porém, às 20h.

Gabriel Lima é jornalista e editor executivo da Esportes Brasília. Já cobriu uma Copa do Mundo da FIFA (2019).

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