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Basquete

Jogando “fora de casa”, Brasília é derrotado pelo Flamengo e agrava a crise

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O Brasília bem que tentou. Mas, após um segundo quarto desastroso, o Flamengo disparou na frente da equipe candanga e fechou a partida com dezessete pontos a frente, 94×77. O grande problema do time comandado por Nezinho foi o segundo quarta. Perdida e mal psicologicamente, o Brasília viu os cariocas passearem em quadra e marcarem dezesseis pontos a mais.  

O jogo começou bom para o Brasília e muito pegado. Era bonito ver o embate entre Rafa Moreira e Olivinha. Os dois se marcavam, sempre com respeito, em busca de espaço. Porém, melhor para o atleta rubro-negro. Ele foi o maior pontuador pelo lado lado de sua equipe, com seis pontos. Poucos, mas necessários para começar o embalo do Urubu. 

Nezinho, sempre muito participativo em quadra, tanto pelo lado positivo, quanto pelo negativo, anotou dez e começou sua saga pelo “cestinha da partida”. O lado positivo é que o capitão regia o time na Asceb. O lado ruim, que ele reclamava muito com a arbitragem, como é de praxe. 

Com um belo basquete jogado e muito parelho, a partida acabou melhor para o Urubu, que acabou o quarto vencendo por 22×19. 

Ai veio o terror da noite brasiliense. Perdido em quadra e muito conivente com as investidas do Flamengo, o Universo/Brasília foi levando ponto atrás de ponto e errando atrás de erros. Novamente o craque brasiliense se sobressaiu, e novamente nos dois pontos. 

Foi muito criterioso com o time. Afinal, ele sabia da importância desta vitória. Vencer o líder do campeonato é algo que dá moral à qualquer equipe. No tempo técnico, ou em uma bola errada por Gui Bento, foi Nezinho quem chamou a responsabilidade de dar uma bronca no time e tentar leva o ânimo dê seus companheiros. 

Além disso, o período ficou marcado por outras duas cenas. A primeira, uma discussão acalorada entre os dois técnicos – que voltará a se repetir no final deste texto, mas entre jogadores – e dois atletas machucado do Brasília, o Marcelão e o Pedro Mendonça que, no fundo de um dos lados da quadra, buscavam incentivar a equipe. 

Porém tudo foi em vão e o jogo acabou naquele período. O estrago foi muito feio. 32×16 naqueles dez minutos. Somado à vantagem do primeiro quarto, o Brasília voltou para o vestiário perdendo por dezenove pontos. Pedro Rava ainda tentou explicar tamanha disparidade em quadra. “Ele abriram tantos pontos por erros nossos. Nós permitimos com que eles corressem com a bola, e esse o ponto forte deles. A gente não pode vacilar tanto contra um time como o Flamengo”, disse. 

E, o Brasília fez o contrário do que o Rava falou. Sabendo dos equívocos cometidos, a equipe soube jogar. “Nós conseguimos neutralizar essa jogada no terceiro quarta”, foram as palavras do armador. E foi isso mesmo. Melhor postado em quadra, o time conseguiu sair vitorioso no quarto 20×15.

Lembra da discussão que falamos que voltaria a acontecer? Ela entra exatamente nesse momento. Quando o período estava 12×10 para o Flamengo, Vargas fez falta em Nezinho, que não gostou e partiu para cima do pivô. Os ânimos se exaltaram, mas logo foi contido pela turma do “deixa disso”. 

Com a vantagem, os cariocas souberam administrar o placar na última parte do jogo. Demétrio ainda apareceu bem e anotou nove pontos. 

Mesmo com toda a história do nervosismo, o Nezinho ainda foi o cestinha do confronto, com 23 pontos.

Agora, o Brasília descansa por doze dias, antes de enfrentar o Mogi, no dia 05 de fevereiro. Até lá, como disse Rava, “torcer pela recuperação de Pedro Mendonça e Marcelão, já que é complicado jogar sem eles, são jogadores de qualidade e acaba encurtando a rotação do time em quadra”.

Já o Flamengo, jogará novamente como mandante, mas, desta vez, jogando no Rio de Janeiro. A equipe recebe o Unifacisa, no dia 28. Já aproveite e anote em sua agenda, torcedor do Rubro-Negro. O Urubu volta a jogar em Brasília na próxima sexta, 31, contra o Minas.

Gabriel Lima é jornalista e editor executivo da Esportes Brasília. Já cobriu uma Copa do Mundo da FIFA (2019).

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